Viver sob as ondas de seus passos.
Bailar não dói, meu doce, eu disse a ela enquanto o vento balançava seus cabelos à beira-mar. O vento era frio, mas mesmo assim eu achava belo ver o mar. Sempre gostei de ver o mar com ela. E quando estava sozinho, eu o via para me lembrar dela. Juro de pés juntos que via até o brilho do seu cabelo que variava com o dia, com a luminosidade do sol e com a quantidade de horas acumuladas desde a última vez que fora lavado, enquanto assistia as ondas.
O ar gelado paira na atmosfera. Os dizeres que deveriam apresentar soluções me confundem. Os pensamentos são devassos irrequietos que me assaltam e me roubam a serenidade há tanto almejada. Morro de desejos e germino ramificações sem galhos. Um cotovelo sem lisura, um fio de novelo desemaranhado com brutalidade. Eu não compreendo nem metade dos porquês. Quero satisfazer apenas a carne e por que tantas coisas mais? Luto para apreender a compreensão de comprimir objetos voláteis incompreensíveis. Eles voam tão alto.
Pedi à moça dos lábios doces e verdes para que me explicasse a metade daquela parafernália. Mas somente a metade, pois não quero me corromper. E ela, toda bondosa em um jeito jeitoso de ser ajeitada, disse-me que sim.
Passo mais tarde na casa dela e ela me oferece sua presença para eu beber. Eu bebo tudo e peço mais. Umedeço um pouco de dedos delgados na saborosa bebida e como também. Concedo um pouco ao santo. Deito em sua cama e choro porque tenho sono e cansaço e não quero saber de nada. Ela tenta me aprender, me ensinar, me fazer entender, mas eu não quero e não consigo e não posso. Eu só posso tê-la e nada mais. Fazemos brigadeiro quente e lembramos que existem bacalhaus na Noruega. Ela me adoça, o brigadeiro também, o frio, suas pernas, o carpete, os cães pequenos, seus dedos, sua calça de moleton. Saio silencioso e ela me pede para encostar a porta. Devo voltar em outro dia. Faz frio e nos buscamos para nos aquecer. Ainda tenho de ir e sofro com minhas mãos geladas. Não houve vento no rosto neste dia.
O ar gelado paira na atmosfera. Os dizeres que deveriam apresentar soluções me confundem. Os pensamentos são devassos irrequietos que me assaltam e me roubam a serenidade há tanto almejada. Morro de desejos e germino ramificações sem galhos. Um cotovelo sem lisura, um fio de novelo desemaranhado com brutalidade. Eu não compreendo nem metade dos porquês. Quero satisfazer apenas a carne e por que tantas coisas mais? Luto para apreender a compreensão de comprimir objetos voláteis incompreensíveis. Eles voam tão alto.
Pedi à moça dos lábios doces e verdes para que me explicasse a metade daquela parafernália. Mas somente a metade, pois não quero me corromper. E ela, toda bondosa em um jeito jeitoso de ser ajeitada, disse-me que sim.
Passo mais tarde na casa dela e ela me oferece sua presença para eu beber. Eu bebo tudo e peço mais. Umedeço um pouco de dedos delgados na saborosa bebida e como também. Concedo um pouco ao santo. Deito em sua cama e choro porque tenho sono e cansaço e não quero saber de nada. Ela tenta me aprender, me ensinar, me fazer entender, mas eu não quero e não consigo e não posso. Eu só posso tê-la e nada mais. Fazemos brigadeiro quente e lembramos que existem bacalhaus na Noruega. Ela me adoça, o brigadeiro também, o frio, suas pernas, o carpete, os cães pequenos, seus dedos, sua calça de moleton. Saio silencioso e ela me pede para encostar a porta. Devo voltar em outro dia. Faz frio e nos buscamos para nos aquecer. Ainda tenho de ir e sofro com minhas mãos geladas. Não houve vento no rosto neste dia.