sexta-feira, novembro 10, 2006

Não é assim que se faz?

Eles lhe viram as costas sem nem ao menos esctutá-lo. A censura é surda, cega e muda. Eles simplesmente não querem ouví-lo. E jamais o ouvirão. Nunca; Jamais; hai capito? Porra! Eu sou chulo mesmo porque assim me ensinaram. Diziam que o Tiago era o amiguinho que falava palavrões. Julgo improcedente. Penso, logo afirmo, xingo, chuto, chupo. Eu gosto mesmo é do gosto dos outros. O meu eu já sorvo todos os dias e, por mais que me agrade, é sempre o mesmo. O que me cansa não é o mesmo gosto todos os dias, mas ter algum gosto todos os dias, ou então o todos os dias é exatamente o que me cansa. Ai, Jesus, me deixem!
Passear de mãos dadas com a palavra nunca me valeu à pena. Sempre preferi atirar ao esmo. Lugares-comuns me condenam. Quero mais é que eles lambam o meu furúnculo cheio de catarro. Bléh.
Todos esses tipos de comportamento eu chamo de doença. D-o-e-n-ç-a! Fui claro? Espero que sim.
- Eu tô foda hoje.
- Eu também.
- Bom, isso é bom, mas e aí, que fazemos?
- Ah, qualquer doidêra!
- Mas eu deixei de ser doidão.
- Oras, voltemos!
- Mas eu prefiro não.
- Ah, você é um pamonhão.
- Tá. Fica assim então.
- Que merda, fica assim é o caralho, ô seu medíocre de merda!
- Vá se foder, ô babaca, saia já da minha casa!, porque eu estou bêbado e não quero aturar amolação.
- Babaca é você, otário, pamonha, paiaço.
- Vai, porra, vaza!
- Eu vô mesmo, e num volto Jamais! Jamais! Jamais!

1 Comments:

Blogger Alan said...

Solilóquios quase perfeitos. Hilário!

9:27 PM  

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