Por que que a vida inteira tem alguma coisa no meu olho?
Relances de sombra. O céu é turvo e meus dedos se alongam. Enfileiro-me para o banheiro. O plástica me acessa. Acesa, invade e me pega. Segura com convicção algo que desconhece. Vai e passa. Hei, aonde vai? Não importa. Quem diz o que diria? Eu digo e afirmo, sereno, ou não, nunca soubemos. O que importa são os outros. Eu mesmo passo..., a fila, o pulador, o chão, o hall de botequins sujos enquadrados.
A voz do desejo é fremir, zumbir, aspirar a ar, visar ao longe, pairar, parar, se jogar. Onde você vai jogar o cabelão esta noite? Por aí. Quem é você, por aí? Eu sou o vento com gotinhas de doença. Escarro catarro escuro de cerveja amarga. Venha cá, meu doce, segure algo que você não entende. Faça o favor de se cuidar. Lembre-se da agonia e evite-a, por favor. Os dias que têm que passar não passam, e os que não têm, passam.
Eu vou dizer a você aquelas coisas que só nós sabemos. Junte a mulher gato, o nosso amigo Flores, eu mesmo, e vamos dar um rolê pelo mundo. Eu lhe darei cacacas, bolotas, cigarettas e paz. O vencimento se estenderá. Os prazos, os pratos de pó dourado, os dedos e as texturas também. Eu quero arrancar todo o maligno, e ficar com tudo só para mim. Vou vender verdades, pedaços de luxúria, e necessidades criadas. Num mundo em que vícios e virtudes se misturam, não há espaço para falsas efervescências.
Levantar acampamento! Avante, convivas de algodão, sigamos porque a loucura nossa de cada dia continua...
1 Comments:
- ácaros, ácaros, meu amigo! - Plim... Plim!
- Sim, são os ácaros. Estão em toda parte! - Plim... Plim.
Plim plim plim plim plim plim plim... ahhh!
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