Dias de Raquel.
Foram dias fartos. Plenos de pelo, cócoras e apelo. Eu a via deslizar pelos segundos. Ela corria para segurar minha mão. Queria alcançar o elevador, e eu não deixava. Ela me mandava beijos para serem trazidos pelo vento. Eles ricocheteavam em minha pele dura e eram devolvidos a ela como sopros de flor. O homenzinho verde vinha e os apanhava, os beijos, assim, de supetão.
A velha canção do cadilac vinho soa da vitrola empenada. Eles me fazem cócegas. A música, o homenzinho verde e a moça das cócoras. Eu os queria todos os dias para mim. Para parar o tempo. Para salvar os momentos. Para rir mesmo estando triste e sem saber o que fazer. O que fazer, homenzinho verde? Ele costuma dizer que tudo é muito simples. O que fazer? Ela costuma dizer que não sabe. O que fazer? Eu costumo inventar coisas para encher lingüiça. Que diferença fazem, as coisas?
Fui buscá-la para tomarmos uma dose de pinga acompanhada da conta no balcão da cachaçaria. Demos estralos. Eu disse para ela me estralar que eu então a estralaria. Ela aceitou. Eu quero vencer o ódio, não, prefiro vencer o tédio. Vamos rodar, rodar, rodar. Nós três, eu, você e ele(a).
O que resta é nada mais do que buracos. Um vazio que parece encolher. Sou eu que encolho ou é o vazio? Ela costuma saber de vazios. Preciso de mais alguns dias com ela para aprender o que ela diz deixar de saber. Quem deixa de saber é quem mais sabe de quelque chose. Ela sabe. Ele também.
Eu vou dançar a agonia e sussurrar blasfêmias no ouvidinho das minhas personagens. Vou derramar vinho em mim mesmo e beber babando para fingir que os trago de volta. Todas as garrafas serão abertas com lágrimas e suor enfumaçado. Quero mais deles vadiando pelos corredores da galeria. Mais deles no banco ao lado. As ruas todas vazias. As mesmas de sempre. Não quero mais vê-las tão cedo, as ruas.
A velha canção do cadilac vinho soa da vitrola empenada. Eles me fazem cócegas. A música, o homenzinho verde e a moça das cócoras. Eu os queria todos os dias para mim. Para parar o tempo. Para salvar os momentos. Para rir mesmo estando triste e sem saber o que fazer. O que fazer, homenzinho verde? Ele costuma dizer que tudo é muito simples. O que fazer? Ela costuma dizer que não sabe. O que fazer? Eu costumo inventar coisas para encher lingüiça. Que diferença fazem, as coisas?
Fui buscá-la para tomarmos uma dose de pinga acompanhada da conta no balcão da cachaçaria. Demos estralos. Eu disse para ela me estralar que eu então a estralaria. Ela aceitou. Eu quero vencer o ódio, não, prefiro vencer o tédio. Vamos rodar, rodar, rodar. Nós três, eu, você e ele(a).
O que resta é nada mais do que buracos. Um vazio que parece encolher. Sou eu que encolho ou é o vazio? Ela costuma saber de vazios. Preciso de mais alguns dias com ela para aprender o que ela diz deixar de saber. Quem deixa de saber é quem mais sabe de quelque chose. Ela sabe. Ele também.
Eu vou dançar a agonia e sussurrar blasfêmias no ouvidinho das minhas personagens. Vou derramar vinho em mim mesmo e beber babando para fingir que os trago de volta. Todas as garrafas serão abertas com lágrimas e suor enfumaçado. Quero mais deles vadiando pelos corredores da galeria. Mais deles no banco ao lado. As ruas todas vazias. As mesmas de sempre. Não quero mais vê-las tão cedo, as ruas.
2 Comments:
Enfie a Raquel na rola logo.
uashduhasdf
Que situação meu amigo...
Vc criou, vc se desfaz...
Abraço !!!
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