O condicionador do tempo.
Os momentos são como fios de cabelo que se despedaçam ao banho. Amontoam-se no ralo que vai para o mundo. O condicionador fortalece e condiciona o cabelo, como faz com o tempo. Precisamos de condicionadores de tempo, para reforçar lacres vencidos e quase arrombados à força.
Preciso urgentemente de condicionadores. Anelos. Falsetas. Pernetas endinheirados que me paguem desjejuns magros. Quero apenas o essencial, ou aprender a apenas tê-lo. Cascos de vidro. Bocas de garrafa. Rolhas de latas e lentes de cristal. Eu amasso e embrulho tudo com papel feito das tripas da minha mendicância afetiva. Desafetos botaram ovos em mim que agora se debatem para sair. Fuga, lágrima e declínio. Cansei de pregar a decadência. O triunfo pede para ser alçado. Digo, tenha forças a ele, moça do rabo quente! Ela balança a cabeça afirmativamente.
Afirmações, dichavações, inclinações suspeitas em minha cama. Abro a boca e como esfomeado. Pulo esfomeado. Defeco esfomeado. Banho-me esfomeado. Ando desnorteado e esfomeado por vida e luz e sussurros redentores. Poucas palavras bastam. Viro a esquina e tenho preguiça de chegar. Porque não me contento, quero ir muito mais além, com ela, claro, ir ao mar que seja, mas além.
Preciso urgentemente de condicionadores. Anelos. Falsetas. Pernetas endinheirados que me paguem desjejuns magros. Quero apenas o essencial, ou aprender a apenas tê-lo. Cascos de vidro. Bocas de garrafa. Rolhas de latas e lentes de cristal. Eu amasso e embrulho tudo com papel feito das tripas da minha mendicância afetiva. Desafetos botaram ovos em mim que agora se debatem para sair. Fuga, lágrima e declínio. Cansei de pregar a decadência. O triunfo pede para ser alçado. Digo, tenha forças a ele, moça do rabo quente! Ela balança a cabeça afirmativamente.
Afirmações, dichavações, inclinações suspeitas em minha cama. Abro a boca e como esfomeado. Pulo esfomeado. Defeco esfomeado. Banho-me esfomeado. Ando desnorteado e esfomeado por vida e luz e sussurros redentores. Poucas palavras bastam. Viro a esquina e tenho preguiça de chegar. Porque não me contento, quero ir muito mais além, com ela, claro, ir ao mar que seja, mas além.
Espero a menina da parede que fica perto e me diz incongruências tão belas quanto escassas. Raras, poucas. Quero mais dela. Quero beber álcool com ela. Ex-menor de idade arrependida. Sou responsável por ela e por ensinamentos que não cabem na unidade chamada Nós. Ela sabe tudo o que precisa saber e ainda assim sou pago para ensiná-la. Quem tem o mar se entristece. Quem tem tudo é descontente. Quem não a tem sou eu, embora a queira plenamente. Nada de aderências nem ardências. Eu a quero na plenitude do querer, haver e poder. Ela me pode e eu a posso. É assim que vivemos e morremos todos os tempos. Ela precisa ver o centro para salvar a mim e salvar a ela mesma. Doce.
2 Comments:
Que merda é essa! Porra! Vai ao seu Oswaldo ou então ao inferninho de sempre.
Oi Thiago, adorei, a vida que se condiciona... Não tem outro jeito.
Um beijo
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