Fazer um livro.
Digressões são relevantemente necessárias.
É um tanto difícil me editar um livro, e separar o que presta do que não. Mais ainda porque ele é meu. E ninguém me ajuda, também pudera, ninguém poderia. O foco varia de acordo com as tensões, e os movimentos factuais ficam balançados. Eu quero fazer um livro!
Tenho medo de me afogar em minha falta de compostura e levar junto a minha pouca disciplina. Há uma falta de direção terrível. Para com o livro, para com o futuro, para com as perspectivas, para tudo. Hesito entre o caminho factual e o visual. Quero algo plástico que faça sentido, exagero. Quero algo também visceral, autêntico, o que me distancio cada vez mais.
Não sei se exponho minhas úlceras honestamente, como qualquer artista sensato - sem medir a sua sensatez – faz, ou se demonstro o meu deslumbramento infantil. Não sei se intercalo as aventuras introspectivas, meladas de fatos dinâmicos, com as minhas aquisições culturais, ou se simplesmente me demoro em descrições orgiásticas despudoradas, onde o Eu agente aparece explícito e descarado. Há ainda o não-saber-o-que-fazer com os pensamentos naturalmente levianos. Ok, já sei, serão impiedosamente descartados. Tenho de ser impiedoso para com pelo menos uma coisa. O grande problema é ter de tudo um pouco. Durante um ano, me perdi e disse tudo de uma só vez. Agora fica difícil desenlaçar. Mas vou.
O primeiro passo talvez seja reconhecer as fraquezas, enfrenta-las e reforça-las. O segundo, decidir com mais firmeza e convicção. O terceiro, esforçar-me ao máximo para deixar o texto enxuto, garantindo o leve e o essencial. Como queria que Camus fosse meu amigo e falasse comigo. É para ser arte, não factual, tudo bem, o dois, sutilmente confessional.
Tenho aprendido a escrever em cadernos, com ela. Talvez eles sejam a resposta.
É um tanto difícil me editar um livro, e separar o que presta do que não. Mais ainda porque ele é meu. E ninguém me ajuda, também pudera, ninguém poderia. O foco varia de acordo com as tensões, e os movimentos factuais ficam balançados. Eu quero fazer um livro!
Tenho medo de me afogar em minha falta de compostura e levar junto a minha pouca disciplina. Há uma falta de direção terrível. Para com o livro, para com o futuro, para com as perspectivas, para tudo. Hesito entre o caminho factual e o visual. Quero algo plástico que faça sentido, exagero. Quero algo também visceral, autêntico, o que me distancio cada vez mais.
Não sei se exponho minhas úlceras honestamente, como qualquer artista sensato - sem medir a sua sensatez – faz, ou se demonstro o meu deslumbramento infantil. Não sei se intercalo as aventuras introspectivas, meladas de fatos dinâmicos, com as minhas aquisições culturais, ou se simplesmente me demoro em descrições orgiásticas despudoradas, onde o Eu agente aparece explícito e descarado. Há ainda o não-saber-o-que-fazer com os pensamentos naturalmente levianos. Ok, já sei, serão impiedosamente descartados. Tenho de ser impiedoso para com pelo menos uma coisa. O grande problema é ter de tudo um pouco. Durante um ano, me perdi e disse tudo de uma só vez. Agora fica difícil desenlaçar. Mas vou.
O primeiro passo talvez seja reconhecer as fraquezas, enfrenta-las e reforça-las. O segundo, decidir com mais firmeza e convicção. O terceiro, esforçar-me ao máximo para deixar o texto enxuto, garantindo o leve e o essencial. Como queria que Camus fosse meu amigo e falasse comigo. É para ser arte, não factual, tudo bem, o dois, sutilmente confessional.
Tenho aprendido a escrever em cadernos, com ela. Talvez eles sejam a resposta.
3 Comments:
Os cadernos? Não tanto assim, mas pelo sentido de rascunho, aí as coisas se tornam brutalmente boas! Mas, ok: os cadernos são cansativos e lhe dão compasso único, seja pela empolgação e mente bem ligeira ou pela dilatação reflexiva que o tempo lhe oferece. O caderno é bom por isso - o rascunho - lhe dá tempo para pensar e progredir, antes mesmo de revisar qualquer coisa!
abraços, cabeçudo kibe... falou.
digressões à parte, sobre uma cerveja ser porcaria - falado no msn, seu merda - você se enrolou!
É mais bonito chamar uma merda real, mas que lhe agrada e descansa e exalta inspirações de porcaria ou uma porcaria, mesmo sendo extremamente saudável, de porcaria?
Tiago,
legal esse texto.
bjs,
Priscila
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